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ONDE ME ENCONTREI

Como o racismo, a discriminação, a falta de estrutura familiar e educação sexual, a pobreza, a marginalização e os abusos influenciam a maternidade de adolescentes negras no Rio de Janeiro? No filme “Onde me encontrei”, Viviane, Fernanda e Elisângela compartilham suas histórias e ilustram uma realidade que permeia muitas jovens no Brasil e no mundo. As três moradoras da Baixada Fluminense vão além das estatísticas e contam as descobertas, as dificuldades e as surpresas que as cercaram no processo da maternidade.

Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado em 2018, a cada mil adolescentes brasileiras entre 15 e 19 anos, 68,4 ficaram grávidas e tiveram seus bebês entre 2010 e 2015. A média latino-americana é estimada em 65,5. No mundo, a média é de 46 nascimentos a cada mil. Em países como os Estados Unidos, o índice é de 22,3 nascimentos a cada mil adolescentes de 15 a 19 anos. A gravidez na adolescência é um problema de sociocultural, econômico e de saúde pública, uma vez que causa riscos à saúde da mãe do bebê e muitas dessas mulheres abandonam os estudos e são obrigadas a procurar emprego - que elas também têm dificuldade para conseguir, pois pesquisas revelam que o mercado de trabalho discrimina mulheres que são mães.

Viviane Rios, de 36 anos, é moradora de Nova Iguaçú e trabalha como auxiliar administrativa. Grávida aos 17 anos, conheceu o pai de sua filha Larissa na escola, que a traiu assim que soube da gravidez. Quando criança, sofria bullying por ser gorda e muito preconceito por ser negra, além de se sentir rejeitada pela família. Após uma infância complicada, Viviane descobriu na maternidade as dificuldades e os desafios da vida adulta e o “amor que mais se aproxima do amor de Deus”.

 

Fernanda Alves, de 22 anos, é moradora de Mesquita desde que nasceu. Exemplo para os vizinhos, a jovem irreverente estuda Publicidade e Propaganda e é empresária de uma loja virtual. Quando engravidou, aos 15 anos, a adolescente não sabia quem era o pai de sua filha Luiza e só descobriu após o nascimento da menina, graças a um exame de DNA. Na infância, sofreu com abusos sexuais e psicológicos, além do bullying na escola. O sexo, para ela, surgiu como uma ferramenta para mascarar as dores e superar a baixa autoestima. Após uma gravidez conturbada, Fernanda encontrou no nascimento de Luiza a força para “ser a mulher admirável que é hoje”.

 

Elisângela de Almeida, de 26 anos, é moradora de Queimados e estuda Comunicação Social na PUC Rio. Grávida aos 19 anos do namorado, Elisângela passou meses sem falar, andar e enxergar durante a gestação. Tudo por conta de um mal súbito, que ela teve por excesso de estresse. Além de acordar às 3h30 da madrugada para trabalhar, estudar na Gávea até às 19h e chegar em Mesquita às 22h para dormir, Elisângela ainda tinha que se preocupar com a gestação e o namorado de três anos, que ela descobriu ser usuário de drogas. Poucos meses após o nascimento da filha e após um episódio de decepção, a jovem decidiu seguir a vida sem o companheiro, porque “a filha não merecia passar por aquilo”.

Elisângela de Almeida, de 26 anos, é moradora de Queimados e estuda Comunicação Social na PUC Rio. Grávida aos 19 anos do namorado, Elisângela passou meses sem falar, andar e enxergar durante a gestação. Tudo por conta de um mal súbito, que ela teve por excesso de estresse. Além de acordar às 3h30 da madrugada para trabalhar, estudar na Gávea até às 19h e chegar em Mesquita às 22h para dormir, Elisângela ainda tinha que se preocupar com a gestação e o namorado de três anos, que ela descobriu ser usuário de drogas. Poucos meses após o nascimento da filha e após um episódio de decepção, a jovem decidiu seguir a vida sem o companheiro, porque “a filha não merecia passar por aquilo”.

Fernanda Alves, de 22 anos, é moradora de Mesquita desde que nasceu. Exemplo para os vizinhos, a jovem irreverente estuda Publicidade e Propaganda e é empresária de uma loja virtual. Quando engravidou, aos 15 anos, a adolescente não sabia quem era o pai de sua filha Luiza e só descobriu após o nascimento da menina, graças a um exame de DNA. Na infância, sofreu com abusos sexuais e psicológicos, além do bullying na escola. O sexo, para ela, surgiu como uma ferramenta para mascarar as dores e superar a baixa autoestima. Após uma gravidez conturbada, Fernanda encontrou no nascimento de Luiza a força para “ser a mulher admirável que é hoje”.

Produção:

Kathlen Barbosa

Larissa Rios

Mariana Mayrink

Texto:

Kathlen Barbosa

Cinegrafia e entrevistas:

Larissa Rios

Mariana Mayrink

Roteiro e edição:

Kathlen Barbosa

Viviane Rios, de 36 anos, é moradora de Nova Iguaçú e trabalha como auxiliar administrativa. Grávida aos 17 anos, conheceu o pai de sua filha Larissa na escola, que a traiu assim que soube da gravidez. Quando criança, sofria bullying por ser gorda e muito preconceito por ser negra, além de se sentir rejeitada pela família. Após uma infância complicada, Viviane descobriu na maternidade as dificuldades e os desafios da vida adulta e o “amor que mais se aproxima do amor de Deus”.

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